A música na publicidade evoluiu dos jingles aos sons modernos de hoje. Afinal, adicionar uma música pode transformar um anúncio sem graça em algo inesquecível. Mas, como usar legalmente músicas em campanhas de mídia social?
O papel da música na publicidade raramente é estudado por conta própria. As estatísticas quanto a prevalência das melodias que acompanham um anúncio são poucas e distantes. Um estudo da Musical Quarterly, de 1989, revelou que aproximadamente três quartos dos anúncios incluem música de alguma forma, uma proporção que parece ter se mantido ao longo dos anos.
O uso da música na publicidade é inquestionável, mas às vezes é difícil encontrar melodias para encaixar nos anúncios, principalmente quando se trata de mídias sociais. Afinal, como o orçamento para esse tipo de publicidade é mais baixo, comprar músicas ou pagar royalties pode ser complicado ou até impossível.
As leis de direitos autorais asseguram os músicos quanto à propriedade das músicas e sua execução. Uma música é propriedade de seu criador e todos os direitos dela pertencem a esse indivíduo, com exceção das peças criadas por encomenda, quando a música pertence à empresa que encomendou o trabalho.
É claro que um músico pode dar a permissão para as pessoas usarem suas canções gratuitamente, mas em casos de publicidade isso é muito difícil, pois nada mais natural do que querer ter um pouco de lucro em cima do próprio trabalho. Vale ressaltar que mesmo uma música royalty free pertence a seu criador, que pode distribuir licenças de uso para pessoas ou marcas.
Existem vários tipos de licença que os músicos, gravadoras ou empresas podem ceder para a utilização de uma música. Uma canção utilizada em qualquer tipo de publicidade recebe uma licença de sincronização, que dá o direito de reproduzir a música comprada como a trilha sonora de um filme, programa de TV, videoclipe e até peças publicitárias.
Licenças e uso das canções
Ao usar uma música com direitos autorais, o comprador paga royalties de acordo com o número de vezes que a música comprada toca, mais o número estimado de pessoas expostas à melodia. Ou seja, ao usar esse tipo de música, o proprietário do anúncio em vídeo paga royalties toda vez que a música protegida por direitos autorais é reproduzida.
Porém, também há músicas isentas de direitos. A ascensão do YouTube fez nascer a necessidade de melodias baratas para acompanhar os vídeos pessoais e comerciais e a compra de músicas livre de royalties, assim como o uso de canções sem direitos autorais, tornou-se muito comum. O próprio YouTube tem uma galeria de músicas de uso livre para sincronização com os vídeos.
Mas será que vale a pena investir em músicas em campanhas de mídia social? Um estudo da Universidade do País Basco testou quatro anúncios em uma amostra aleatória de 540 consumidores de idades variadas. Os anúncios tinham um roteiro idêntico, porém um deles não tinha música enquanto os outros três a incluíam como componente de anúncio.
De acordo com o relatório do estudo, foram selecionadas três músicas para os anúncios, duas desconhecidas e uma famosa. Cada pessoa viu apenas uma versão do anúncio e os testes foram conduzidos para determinar a percepção dos ouvintes, as reações emocionais provocadas e os sentimentos resultantes em relação ao produto anunciado.
Os pesquisadores ainda descobriram que os anúncios com música impactavam muito mais as pessoas. Além disso, o anúncio com a música famosa obteve menos permeabilidade junto ao público do que aqueles que usavam músicas desconhecidas.
Outro estudo, realizado pela Nielsen, examinou ainda mais a memorização dos anúncios. Ele mostrou que as canções populares apresentam melhor desempenho na evocação de emoções, um ingrediente chave para a aderência de um anúncio, mas para anúncios comerciais pesados, uma melodia genérica e discreta melhora a absorção de mensagens.
A boa notícia é que ambos os estudos provaram que a adição de qualquer tipo de música sempre funciona melhor do não usar nenhuma. Mas como escolher a opção certa? Marcas com um orçamento limitado devem procurar por músicas royalties free para seus anúncios. Assim, achar uma biblioteca de músicas sem direitos autorais e bem variada deve ser prioridade.
Procurar por um artista ou uma canção que não são famosos e agrade seu público-alvo pode ser uma boa opção. Assim fica mais fácil negociar valores. O uso de uma música popular pode resultar em maiores vendas, mas é mais importante encontrar uma música que não estoure o orçamento e que seja perfeita para a peça.
Jingle também é opção de como usar legalmente músicas em campanhas de mídia social
Outro ponto de investimento que não custa muito são os “jingles”. Um caso de sucesso na criação de jingles foi o comercial da marca de carro Nissan em uma peça publicitária para divulgar o carro Frontier. A empresa criou uma pequena música chamada “Pôneis Malditos”. A música virou sucesso e logo todos cantavam em suas casas. O que ajudou a fomentar a imagem do carro.
Esse tipo de publicidade foi muito usada na época de ouro do rádio e caiu em desuso com a ascensão da televisão e mídias digitais. Contudo, é inegável que músicas agradáveis e de fácil decoração por parte do público ganhará um espaço especial na cabeça dele, fazendo sua marcar ser sempre lembrada.
A ideia do Jingle é transmitir de maneira rápida e eficaz o objetivo da propaganda, buscando sempre grudar as informações na cabeça do seu público. Uma breve pesquisa a respeito das publicidades antigas mostra como eram precisos e objetivos nas mensagens transmitidas.
O mesmo aconteceu com a Nissan. O jingle não é tradicional como os antigos, mas é um espécie de convergência midiática que culminou na criação da canção do comercial usado para divulgar o Nissan Frontier.
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